segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Eu gosto de muita gente.



Cada um eu gosto diferente. Mas o meu gostar é sempre sincero, é sempre intenso.


Eu gosto da minha família incondicionalmente, é o gostar mais gostoso! Eu posso brigar, xingar, brincar, me divertir e eu sempre vou gostar. E eles sempre vãogostar de mim!


Eu gosto demais dos amigos que estão longe fisicamente. É a saudades mais gostosa! Porque eu sei que eles gostam de mim, e assim como eu, queriam muito estar pertinho. E eu vou continuar gostando até o dia que a gente estiver lado a lado de novo.


Eu gosto de amigos que estão perto. Eles são a família que a gente escolhe quando o gostar é verdadeiro. Só não é incondicional, e a gente tem que alimentar esse gostar todos os dias. Pra nunca acabar.


Tem também o gostar afastado. Eu gosto, mas estou distante, não fisicamente, mas cronologicamente. É apenas um problema de incompatibilidade de fases da vida, mas que vai passar. E o gostar permanece.


Tem pessoas que eu gostava, e já não gosto mais. A vida tem dessas. Tem a fase do ódio, mas eu aprendi que o gostar também só vai embora quando o ódio passa. Enquanto eu odeio, eu ainda gosto. O bastante pra me importar.


E tem pessoas que deixaram de gostar de mim, mas que eu ainda gosto. E jamais vou deixar de gostar, independente do sentimento delas.

Mas não deixo de querer estar perto de quem gosto. Gostar é querer estar perto, mesmo que não consiga. Não gostar é querer estar longe, a máxima distância possível.


O gostar na maioria das vezes é bom. Na minoria machuca. E aí machuca muito. O gostar que machuca é o mais complicado, complexo, e difícil de se desprender. Mas o tempo...ah o tempo...já curou um “mal-gostar” aqui e outro ali na minha vida. O difícil é me convencer que vai curar o último. Essa convicção, só ele pode me trazer.


Mas se lá na frente eu vou rir de tudo isso, porque não começar a rir agora? E como fazer isso? Simples! É só eu gostar, mais do que eu gosto de todo mundo, de mim mesma!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Depois eu conserto...

"Uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido. Uma só.



Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.

A gente sai pra jantar, mas come pouco.

Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.

Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...

Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...

Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: 'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.


Um dia.


Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Friends', uma caixa de trufas bem macias e o Robert Pattinson, nu, embrulhado pra presente. OK? Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago . . .


"Você nasce sem pedir e morre sem querer. Aproveite o intervalo."
É físico. Mas não vem do coração...vem das entranhas e não da alma.

É estranho, e as vezes encaixa tão bem.

Me faz tão mal...muito mais que a alegria que me traz esporadicamente.

É algo nunca sentido antes. Me dá medo, porque as vezes tenho medo do desconhecido.

É hormonal. É magia, das piores.



Quando é guerra, tem 2 lados. Eu quero um lado só. Eu quero a paz.


 











domingo, 5 de dezembro de 2010

All by my self...sometimes it's better!

As vezes é mais gostoso sozinha.

As vezes, mas só as vezes, nos achamos ainda mais bonita do que os outros acham. Bem mais bonita.

Mas infelizmente, na maioria das vezes nos achamos muito mais sábios, inteligentes e superiores que os outros acham.
Simplesmente porque somos todos egoístas de baixa auto-estima que perdem preciosos momentos por acharmos que a real felicidade está em pequenos momentos de diversão, geralmente seguidos de solidão e questionamento intensos.

Queremos que o outro nos faça feliz, e esquecemos de fazê-lo feliz. Esquecemos que a felicidade é sempre recíproca.

Não existe amor quando não é recíproco. Duas pessoas são incapazes de conviver quando uma é feliz e a outra não. Atenção! A infelicidade é contagiosa! Se afaste!

É preciso mais dias de solidão. É preciso aproveitar a vida e seus preciosos momentos de felicidade REAL. É preciso deixar de ser tão pessimista. A cada momento bem aproveitado, um de nossos problemas tem uma redução significativa.

É preciso deixar de pensar no fim do mundo, e agradecer por fazer parte dele enquanto ele existe. Celebrar o fato de termos esse tempo, dure ele o tempo que for. E VIVER! E viver FELIZ! Este é o objetivo. Este é meu foco.

Hoje. Particularmente hoje, me sinto mais feliz. Mais bonita. E muito mais amada! Porque hoje, amei.




E um agradecimento especial a minha família, 
que mesmo sem perceber,
me amou muito hoje.
Não me bajulando mas apenas existindo ao meu lado.